Os lobos sempre habitaram o imaginário das crianças e na
forma mais perversa. Eles sempre eram os vilões das histórias, comedores de
gente e que botavam medo nos personagens de histórias infantis que se passavam
em áreas com florestas. De fato, havia muitos lobos nas florestas da Europa na
Idade Média e estes canídeos imprimiam grande medo nas pessoas e isso acabou
entrando na literatura infantil e se perpetuando como sendo um sinônimo de algo
ruim, perverso e devorador. A caça e a
ocupação humana extinguiu o lobo na Europa há mais de 150 anos. Somente nos
últimos 15 anos é que novas populações de lobos provenientes do leste europeu,
recomeçaram colonizar as floresta do oeste. Nos Estados Unidos também tem lobos
nativos e eles quase foram levados à extinção, assim como seus parentes
europeus. Ainda há populações de lobos selvagens em parques nacionais, como o
Yellowstone onde são bem estudados.
Na América do Sul não há lobos como os do hemisfério norte,
mas aqui temos uma espécie de cão selvagem de grande porte que os índios já
chamavam de Aguará. A composição de
Lobo-guará foi provavelmente uma alusão que os colonizadores fizeram a este
nosso canídeo em lembrança dos lobos da Europa, que eles bem conheciam.
O lobo-guará é um típico canídeo brasileiro, tendo seu centro
de dispersão e maior ocorrência na região do Cerrado no Brasil Central. Sem
dúvidas é o maior cão selvagem do Brasil e infelizmente encontra-se ameaçados
de extinção. Animal de porte notável, com mais de um metro de altura, tímido e
predador de aves e pequenos mamíferos, é raramente visto ou ouvido. Sua
extinção está traçada mais devido à destruição do seu habitat do que pela caça.
A expansão das lavouras de soja, milho e algodão do Centro Oeste brasileiro,
destruiu o maior reduto deste carnívoro. Com poucos espaços restantes, eles
começam se deslocar mais para encontrar comida e acabam caindo em outra
armadilha: o atropelamento em estradas.
Há 22 anos, criamos um programa de Educação Ambiental aqui em Canela denominado Projeto Loboguará e este nome foi escolhido devido a três fatores importantes: o lobo-guará é o maior cão selvagem nativo do Brasil e da América do Sul; ele está relacionado na listas das espécies reconhecidamente ameaçadas de extinção; ainda há registros de lobo-guará na região dos Campos de Cima da Serra em São Francisco de Paula e Cambará do Sul. Com a constante divulgação dos hábitos e costumes desta espécie, acreditamos fazer uma parcela de esforços no sentido de conscientizar as pessoas mais jovens da importância de se evitar a extinção de uma espécie. Os Ingleses extinguiram uma espécie de graxaim das ilhas Malvinas para poderem crias suas ovelhas. Na Austrália eles extinguiram o Lobo da Tasmânia pelo mesmo motivo, cujo último indivíduo morreu em 1936 em um zoológico. Extinção é para sempre, e perdermos um animal como o Lobo-guará é perdermos uma parte importante do nosso patrimônio natural. E pior do que isso, o fato é irreversível. Para salvarmos nossos carnívoros nativos, como o Lobo-guará, temos que manter seu habitat para que neles encontrem abrigo, alimento e local para criar os filhotes.
Há 22 anos, criamos um programa de Educação Ambiental aqui em Canela denominado Projeto Loboguará e este nome foi escolhido devido a três fatores importantes: o lobo-guará é o maior cão selvagem nativo do Brasil e da América do Sul; ele está relacionado na listas das espécies reconhecidamente ameaçadas de extinção; ainda há registros de lobo-guará na região dos Campos de Cima da Serra em São Francisco de Paula e Cambará do Sul. Com a constante divulgação dos hábitos e costumes desta espécie, acreditamos fazer uma parcela de esforços no sentido de conscientizar as pessoas mais jovens da importância de se evitar a extinção de uma espécie. Os Ingleses extinguiram uma espécie de graxaim das ilhas Malvinas para poderem crias suas ovelhas. Na Austrália eles extinguiram o Lobo da Tasmânia pelo mesmo motivo, cujo último indivíduo morreu em 1936 em um zoológico. Extinção é para sempre, e perdermos um animal como o Lobo-guará é perdermos uma parte importante do nosso patrimônio natural. E pior do que isso, o fato é irreversível. Para salvarmos nossos carnívoros nativos, como o Lobo-guará, temos que manter seu habitat para que neles encontrem abrigo, alimento e local para criar os filhotes.
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