quarta-feira, 31 de março de 2010
Capivaras, os nossos ratos gigantes dos alagados.
As capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris) são os maiores roedores existentes no planeta. Nenhum rato é tão grande e tão pesado (podem chegar a mais de 60 kg). São nativos da América do Sul e América Central e vivem sempre associadas a áreas alagadas. Suas narinas, olhos e ouvidos ficam num mesmo plano na cabeça, permitindo que, quando na água, fiquem apenas com estes órgão sensoriais para fora, sempre alertas.
Vivem em grupos familiares com um macho dominante e várias fêmeas com seus filhotes. São muito bem adaptadas a vida na água, onde passam grande parte do tempo. Alimentam-se exclusivamente de plantas das margens dos rios e lagos onde vivem. No Rio Grande do Sul são muito abundantes na Estação Ecológica do Taim, em Rio Grande. Apesar de ocorrerem em todo o Brasil, é no Pantanal que as encontramos com mais frequencia e quantidade.
Os machos são maiores que as fêmeas e apresentam uma glândula sobre as narinas, o que o torna facilmente reconhecível no meio do grupo. Estas glândula é utilizada para demarcação de território pelos machos.Na foto acima, o macho é o que está na parte superior direita. Na mesma foto vemos filhotes e fêmeas.
quinta-feira, 18 de março de 2010
Rã touro - o impacto da introdução de uma espécie exótica
A rã touro (Lithobates catesbeianus) é um anfíbio gigante podendo pesar até 500 gramas. É uma espécie exótica encontrada em muitos locais do RS, tanto na zonas urbanas como rurais. Foi introduzida no Brasil por um canadense que trouxe da américa do Norte cerca de 300 exemplares para o Rio de Janeiro na década de 30 do século passado com objetivo de desenvolver criadouros comerciais desta espécies. Nas décadas seguintes a espécies se espalhou pelos estados do sul do Brasil, principalmente nas zonas rurais, estimulado pelo comércio de carne e couro da rã.
O malogro da maioria dos empreendimentos devido ao baixo preço da carne e outros fatores, fez com que se abandonassem as práticas de criação e os animais fugiram dos criadouros e invadiram os ecossistemas naturais das regiões . Como é um anfíbio muito competitivo, acaba se alimentando de qualquer outro animal que esteja em seu caminho, acabando com a fauna nativa e a diversidade dos açudes, banhados e outros locais com águas paradas.
Estas fotos eu fiz em um açude existente na área do Campus da UCS de Bento Gonçalves, onde elas já predominam no ambiente. Como chegaram ali?
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