quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Os cânions mais "espertos" do Rio Grande do Sul


O Cânion do Monte Negro, em São José dos Ausentes, é um dos mais atraentes. É profundo, escarpado e abriga as gigantes guneras, plantas típicas destes locais e com folhas com mais de um metro de diâmetro. São vistas no primeiro plano da foto. Este cânion fica no sopé do Monte Negro, local mais alto do Rio Grande do Sul com 1.398 metros. É um lugar imperdível.

Mais ao sul do planalto encontra-se o inconfundível Cânion Fortaleza. Localiza-se no interior do Parque Nacional da Serra Geral em Cambará do Sul com cerca de 15 mil ha. De acesso muito precário, mostra aos corajosos que lá conseguem chegar, uma vista privilegiada da nossa geografia. Este cânion, ao contrário dos demais, abre-se em direção leste e como é descampado nas bordas, permite-se avistar o mar e, em dias mais favoráveis de boa visibilidade, a cidade de Torres.


Ainda mais ao sul encontramos o câniom mais famoso - o Itaimbezinho. Fica dentro do Parque Nacional dos Aparados da Serra e, ao contrário dos dois anteriores, tem alguma infra estrutura de apoio ao visitante. mas a estrada é quase do mesmo nível daquela que leva ao Fortaleza - ou seja, péssima! Compensa na chegada o espetáculo do gigante que se abre em direção ao sul e depois faz uma curva para o leste. Como tem muita mata e outra conformação, não se avista o mar de seus mirantes. Em contrapartida podemos apreciar uma das maiores coleções preservadas da mata de araucárias. São 10 mil ha de matas e campos de altitude. Para quem curte natureza, eis o endereço.
Há outros cânions menores, menos conhecidos e pouco vistados, como o Malacara, Faxinalzinho e, mais ao norte, o Bela Vista.Todos com suas particularidades e encantos que reservam surpresas ao visitante dependendo da época do ano. Um destes imprevistos mais desagradável  e perigoso é a cerração, espécie de nevoeiro denso que vem do fundo dos cânions e que se derrama sobre o campo tornando a visibilidade reduzida a menos de um metro. Um grande perigo para que está fazendo trilhas e que não conhece bem a região. A sugestão se você for pego nesta situação: sente no meio da trilha e espere a situação reverter. Pode levar cinco minutos como um dia inteiro. Mas é melhor que se perder ou cair numa fenda.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

A recuperação da Mata de Araucárias

A Mata de Araucárias (Floresta Ombrófila Mista) encontra-se em uma fase de recuperação em muitos locais remotos dos municípios dos campos de cima da serra do RS, como em São José dos Ausentes acima e São Francisco de Paula, abaixo. Já é possível visualizar as araucárias emergindo do sub bosque e tornando-se as plantas dominantes no extrato superior.


Com as araucárias adultas produzindo pinhões em boa quantidade, cria-se uma cadeia alimentar complexa, envolvendo de bugios a serelepes, de saracuras a larvas de insetos, de veados mateiros a ouriços, não esquecendo que o homem interfere neste sistema quando coleta as pinhas para consumo ou venda.



O Vale do Arroio Quilombo entre Canela e Gramado - RS.

A beleza das molduras naturais formadas pela Floresta Estacional Semi Decídua, acompanha o Arroio Quilombo em seu percurso serra abaixo, até encontrar-se com águas de diversos arroios que acabam no Rio dos Sinos. A mata é muito preservada e mostra exemplares seculares de cedros, canjeranas, figueiras e corticeiras da serra.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Orquídeas nativas

A orquídea "chuva de ouro" (Oncidium riograndenses) é muito abundante nas matas do Ecoparque Sperry nesta época do ano. Apresenta-se na forma de longos cachos que pendem das árvores que servem de suporte para esta planta.

Cogumelos curiosos





Um cogumelo muito interessante é o "cogumelo taça" (Cymatoderma caperatum) que, além de ser grande e abundante, armazena água da chuva em seu interior, servindo para atenuar a sede de muitos animais. Foto tirada no Ecoparque Sperry em dezembro de 2009.

Choca da mata

Um Choca da Mata (Thamnophilus caerulescens) em um arbusto, próximo de seu ninho, no Ecoparque Sperry em Canela - RS.