sábado, 2 de outubro de 2010

O vento, tão velho quanto o nosso planeta, utilizado em favor de quem o entende.

O vento é a materialização do deslocamento de massas de ar de diferentes temperaturas e localizações em relação ao solo. As vezes suave, outras turbulenta e, mais raramente, violenta e imprevisível na sua trajetória pode trazer destruição em áreas urbanizadas. O ar quente, mais leve, tende a subir na atmosfera. No seu lugar entra uma corrente de ar mais frio, que pode vir de cima ou de outros locais como os polos ou montanhas geladas. Assim, a atmosfera está sempre em movimento com correntes já bem conhecidas desde há muito pelos homens, pelos animais e plantas.

O homem sempre utilizou o vento para conseguir melhorar seus empreendimentos. Um dos maiores exemplos é a impulsão de navios a velas. Atualmente o vento é intensamente utilizado para geração de energia elétrica, de forma limpa e sustentável. Parques eólicos (parques de vento) estão sendo implantados no Brasil, tanto no Nordeste quanto aqui no sul, em especial na nossa Planície Costeira.


O Parque Eólico de Osório, um exemplo da utilização do vento para benefício de geração limpa e sustentável de energia elétrica.


O surf existe devido ao vento que provoca o movimento das massas de água. O resultado é a formação das ondas nas costas dos continentes e ilhas.


A navegação a vela é outro exemplo da utilização do vento e que exige grande conhecimento de seus percursos, comportamento e intensidade. O Veleiro Canela (foto acima), que está dando a volta ao mundo, beneficia-se do vento para seu deslocamento de grande percurso. Colombo, Cabral e Magalhães são alguns exemplos de homens que se valeram do vento para descobrirem novos continentes.


As plantas há milênios utilizam-se do vento para serviços que elas não podem fazer sozinhas. Um dos exemplos mais extraordinários é a dispersão de suas sementes que se adaptam criando asas, diminuindo peso e adquirindo formas aerodinâmicas. O cipó pente-de-macaco utiliza este recurso com muita habilidade.


A semente do cipó pente-de-macaco (foto acima) é um exemplo da adaptação das plantas para utilizarem o vento para a dispersão (transporte) da sementes para lugares distantes de onde foram geradas. Leves, aerodinâmicas e com distribuição de peso certo para permitir o transporte pelo vento como se fosse uma asa.



O conhecido cedro-rosa tem um fruto seco (foto acima) que, quando maduro, abre-se e libera as sementes leves e aerodiâmicas que são transportadas por alguns poucos metros ou por quilômetros até cairem. Se o lugar for adequado, germinam e colonizam uma nova área. Assim as plantas vão surgindo em ambientes abertos  e alterados pelo homem e ao passar de alguns anos, constituem uma nova floresta.


Muitas aves se valem de correntes de vento para fazerem suas migrações, economizando assim energia para os longos deslocamentos. Os urubus conhecem perfeitamente aonde as correntes quentes estão subindo em colunas e para lá se dirigem para subirem quase sem esforço. Eles são literalmente empurrados para cima pelo deslocamento da massa de ar. Os adeptos do vôo de asa delta buscam nos urubus informações preciosas de onde se encontram esta correntes quentes ascendentes para que possam se utilizarem delas no vôo.


Assim como pode ser utilizado para o benefício do homem, pode também mostrar sua força extraordinária quando passa sobre áreas urbanizadas com velocidade e força absurdas, como foi o caso do tornado de 21 de julho de 2010 que se derramou sobre alguns bairros de Gramado e Canela, RS. Na foto acima, o que sobrou de uma araucária centenária parcialmente destruída pelos ventos do ciclone.


Poucas coisas resistem de pé no rastro de um tornado. A foto acima mostra um terreno da Vila Maggi, em Canela, RS em que forma derrubadas mais de 90% das árvores existentes, além de duas casas. Como qualquer força da natureza, o vento pode ser utilizado para o benefício do homem ou contra ele.

terça-feira, 20 de julho de 2010

As cores das aves



As aves são os vertebrados mais espetaculares em relação a exibição de cores. Mostram a suas cores principalmente através de suas penas, que são estruturas exclusivas destes animais. A pele, o bico e a córnea também podem ser coloridas de forma muito particular. Os especialistas e aficionados pelas aves utilizam as cores como um dos principais elementos para a identificação, já que há um padrão que se repete nos indivíduos da mesma espécie. Nas aves as cores são produzidas de quatro maneiras básicas:

  • Cores melânicas: são as cores produzidas pela melanina, uma proteína sintetizada pela ave nas células dos folículos que formam as penas. Nesta categoria encontramos apenas as cores preto e marrom.
  • Cores provenientes de pigmentos vegetais:  são cores que a ave obtém  através da ingestão de pigmentos encontrados em frutos, sementes e folhas de diversos vegetais que compõe sua dieta. Nesta categoria encontramos o vermelho e o amarelo. Assim as aves com estas cores necessitam ingerir determinados alimentos para manterem suas cores.
  • Cores estruturais: são as cores provenientes de uma refração dos raios solares nas estruturas ocas e cheias de ar das penas. O branco e o azul são cores produzidas por este efeito da luz em câmaras de ar existentes na estrutura das penas. A iridescência é o fenômeno da mudança de cor estruturais conforme a aves se movimenta em relação a incidência do sol. É bem conhecido nos beija-flores.
  • Cores combinadas: são as cores que se utilizam de uma combinação de fatores para se manifestarem. O verde é uma cor que resulta da combinação de um pigmento vegetal ingerido pela ave, mais um efeito de reflexão da luz nas penas. Dessa forma. não há um "pigmento verde" puro entre as aves, mas uma combinação de fatores que o determinam. Uma execeção é o pigmento turacoverdina encontrado em algumas aves da África.


Uma Saí-azul tem este belo conjunto de cores melânicas (preto) e estruturais (azul), criando um padrão que a diferencia de todas as demais aves.



O Urubu-de-cabeça-preta é o nosso carniceiro mais comum e está presente em todos os ambientes. Sua cor preta, inclusive do pescoço, cabeça e bico, é produzido pela melanina que a ave mesmo sintetiza.




A cor branca da Garça-moura, ou Maguari, é uma cor estrutural que decorre da reflexão em locais específicos das estruturas das penas.



O periquito Príncipe tem uma combinação complexa de cores estruturais (azul do peito), melânica (preto da cabeça), pigmentos vegetais (vermelho das pernas) e uma cor combinada (verde do corpo). 




As Araras também são coloridas por um sistema conjugado de melanina (preto), pigmentos vegetais (amarelo) e estruturais (azul).

Desta forma, as cores das aves dependem de inúmeros fatores para se manifestarem. A importância do alimento para fornecer alguns pigmentos e da incidência da luz solar sobre as penas definem muitas das mais belas cores das aves. 

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Diversidade familiar

Algumas espécie de aves se caracterizam por apresentarem cores e até formas que facilmente permitem a diferenciação entre os sexos, além dos jovens. A isso chamamos de dimorfismo sexual e quando ocorre permite que se diferencie facilmente um do outro, ou confunde o observador pensando tratar-se de outra espécie, tal é a diferença entre ambos.

Este é um exemplar de Gaturamo verdadeiro fêmea (Euphonia violacea) alimentando-se de caqui.


Na mesma árvore encontrei o Gaturamo verdadeiro macho, completamente diferente, mais colorido  e vistoso.



Na foto acima aparece um Tié preto macho (Tachyphonus coronatus) alimentando-se no solo.



Na foto acima a fêmea do Tié preto mostrando a grande diferença cromática entre ambos.

Já este indivíduo reúne um pouco do pai e um pouco da mãe. Trata-se de um Tié preto jovem (valeu Jaqueline!). Obeservem que ele guarda nesta fase a coloração dos dois sexos.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

A lamentável situação do Parque Nacional da Serra Geral. De quem é a culpa?

Sou professor de Turismo e Meio Ambiente da Universidade de Caxias do Sul e ministro ao meus alunos a disciplina de Turismo e Meio Ambiente  nos cursos de Turismo em Canela e Bento Gonçalves. Todos os anos, salvo algum problema, faço uma saída de campo para que os alunos possam visualizar situações positivas e negativas de nossos parques para desenvolverem a capacidade de gerenciar áreas naturais com atividades de Ecoturismo. Neste último final de semana estivemos em Cambará do Sul para visitarmos o cânion Fortaleza, no P.N Serra Geral. O que vimos, além da já consagrada beleza cênica do local - os campos, a mata de araucárias, a mata nebular, o visual do cânion e do litoral de Santa Catarina, foi um processo de degradação sem precedentes na trilha de acesso a Rampa Sul. Nas fotos abaixo, comprovem o fato.

A profundidade da vossoroca aberta há anos neste local, único acesso a parte alta do cânion (Rampa Sul), mostra o despreparo das autoridades competentes com as áreas naturais. Atitudes mínimas dos funcionários, com desvios de água, criação de um pavimento e proteção da vegetação são ações que devem ser efetuadas regularmente pelos responsáveis por manterem a área aberta a visitação.


Infelizmente utilizo este parque para fazer um exercício prático de como não se deve fazer certas coisas em parques. O constrangimento e a indignação das pessoas que tem que desviar de buracos e pedras para evitar acidentes só não é maior devido ao encantamento com a paisagem que vem em seguida.



Ensino sempre em aula que quando uma área não tem condições de receber visitante, devido a falta de estrutura para minimizar os impactos, ela deve ficar fechada ao público até os problemas serem resolvidos. Na foto acima outro exemplo de problema. Uma trilha mais antiga  (no centro da foto) ficou tão erodida e profunda, devido a falta de manutenção, que ficou inviável utilizá-la. A solução encontrada não foi a de resolver o problema desta trilha, mas abriu-se uma nova ao lado (na esquerda da foto). Ou seja, criou-se um novo foco de problema que terminará com mais um sulco intransitável. 

Felizmente pude ver algumas ações mínimas visando reduzir impactos, como esta singela passarela sobre a água de uma nascente que escorre para o vale no início da trilha principal. O mesmo foi feito na trilha que vai a Pedra do Segredo.  Como falei anteriormente, são ações que podem fazer grande diferença entre ter uma área impactada e uma conservada, mantendo-se sempre a visitação. De quem é a culpa? O que devo dizer aos meus alunos? O Governo Federal, dito proprietário da área, deve responder a isso? Por que o parque não é fechado a visitação para construção de uma infra estrutura mínima que atenda os princípios de conservação de um bem público? Gostaria de utilizar este parque como exemplo de mínimo impacto, mas infelizmente o tenho utilizado para exemplificar o contrário.



O que salva a viagem, porque nem falei das péssimas condições da estrada entre Cambará e o parque, é o visual do cânion e seus elementos naturais de incomparável beleza, paz, energia e uma indescritível harmonia entre o elemento humano com a natureza.


Poder andar e ver o elemento natural com mais de 1000 metros de altura, de pura rocha vulcânica de um passado muito distante, compensa qualquer esforço e me remete aos meus tempos de estudante de Biologia da PUC que, com um grupo de colegas, fazíamos o percurso de Cambará  do Sul ao cânion  Fortaleza a pé, com mochilas pesando 25 kg cada uma. E era uma festa. Espero que meus filho e os filhos deles possam compartilhar daquilo que vi e vejo ainda hoje, apesar dos inúmeros esforços das autoridades em tornar o local impactado e digno de uma interdição.


Não há muitos lugares no mundo, hoje em dia, que se possa desfrutar das águas límpidas de um arroio com o do Segredo, além de todo o deslumbramento da Cachoeira do Tigre Preto (foto acima). Locais imperdíveis do Parque Nacional da Serra Geral. Vamos salvar esta área da erosão e da destruição progressiva dos elementos naturais que temos visto. Este é um patrimonio de todos!

quarta-feira, 31 de março de 2010

Capivaras, os nossos ratos gigantes dos alagados.


As capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris) são os maiores roedores existentes no planeta. Nenhum rato é tão grande e tão pesado (podem chegar a mais de 60 kg). São nativos da América do Sul e América Central e vivem sempre associadas a áreas alagadas. Suas narinas, olhos e ouvidos ficam num mesmo plano na cabeça, permitindo que, quando na água, fiquem apenas com estes órgão sensoriais para fora, sempre alertas.


Vivem em grupos familiares com um macho dominante e várias fêmeas com seus filhotes. São muito bem adaptadas a vida na água, onde passam grande parte do tempo. Alimentam-se exclusivamente de plantas das margens dos rios e lagos onde vivem. No Rio Grande do Sul são muito abundantes na Estação Ecológica do Taim, em Rio Grande. Apesar de ocorrerem em todo o Brasil, é no Pantanal que as encontramos com mais frequencia e quantidade.


Os machos são maiores que as fêmeas e apresentam uma glândula sobre as narinas, o que o torna facilmente reconhecível no meio do grupo.  Estas glândula é utilizada para demarcação de território pelos machos.Na foto acima, o macho é o que está na parte superior direita. Na mesma foto vemos filhotes e fêmeas.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Rã touro - o impacto da introdução de uma espécie exótica



A rã touro (Lithobates catesbeianus) é um anfíbio gigante podendo pesar até 500 gramas. É uma espécie exótica encontrada em muitos locais do RS, tanto na zonas urbanas como rurais. Foi introduzida no Brasil por um canadense que trouxe da américa do Norte cerca de 300 exemplares para o Rio de Janeiro na década de 30 do século passado com objetivo de desenvolver criadouros comerciais desta  espécies. Nas décadas seguintes a espécies se espalhou pelos estados do sul do Brasil, principalmente nas zonas rurais, estimulado pelo comércio de carne e couro da rã. 


O malogro da maioria dos empreendimentos devido ao baixo preço da carne e outros fatores, fez com que se abandonassem as práticas de criação e os animais fugiram dos criadouros e invadiram os ecossistemas naturais das regiões . Como é um anfíbio muito competitivo, acaba se alimentando de qualquer outro animal que esteja em seu caminho, acabando com a fauna nativa e a diversidade dos açudes, banhados e outros locais com águas paradas. 


Estas fotos eu fiz em um açude existente na área do Campus da UCS de Bento Gonçalves, onde elas já predominam no ambiente. Como chegaram ali?  

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A discreta flor da bromélia Barba de Pau.

A Barba de pau (Tillandsia usneoides) é uma planta epífita (apóia-se em outras plantas se ser parasita) encontrada em ambientes úmidos e ensolarados. Nas Matas de Galeria, aquelas que se formam nas margens de rios e arroios, cânios ou outros locais com abundância de água, seja de chuva ou umidade do ar, são os locais preferidos desta planta. Como não se fixam ao solo, toda a água que necessitam é extraída do ar, seja da umidade ou da chuva.


Com o formato de uma cabeleira esbranquiçada, os talos da Barba de pau se entrelaçam e se penduram em galhos, troncos, fios de cercas ou qualquer suporte que lhe permita captura da luz do sol e a umidade do ar, vitais para a sua sobrevivência, já que a partir da água, gás carbônico e da energia do sol, fazem a fotossíntese, ou seja, alimento orgânico.


O que pouca gente sabe é que esta é uma planta superior, ou seja, produz flor, semente e fruto. Devido ao fato de extrair do ar aonde vive todos os seus nutrientes, a Barba de Pau é considerada uma planta bio indicadora de qualidade do ar, ocorrendo apenas naqueles locais com pouca ou nenhuma carga de poluição atmosférica. Assim, onde tem Barba de Pau, tem um ar de boa qualidade.


Veja no detalhe a pequenina flor amarela da Barba de Pau. Ela surge em dezembro e para ser vista temos que prestar atenção aos ramos e procurar com atenção. Observe também as escamas epidérmicas que existem nos talos (folhas) que servem, entre outras coisas, para capturar a água da chuva ou da umidade do ar.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Os cânions mais "espertos" do Rio Grande do Sul


O Cânion do Monte Negro, em São José dos Ausentes, é um dos mais atraentes. É profundo, escarpado e abriga as gigantes guneras, plantas típicas destes locais e com folhas com mais de um metro de diâmetro. São vistas no primeiro plano da foto. Este cânion fica no sopé do Monte Negro, local mais alto do Rio Grande do Sul com 1.398 metros. É um lugar imperdível.

Mais ao sul do planalto encontra-se o inconfundível Cânion Fortaleza. Localiza-se no interior do Parque Nacional da Serra Geral em Cambará do Sul com cerca de 15 mil ha. De acesso muito precário, mostra aos corajosos que lá conseguem chegar, uma vista privilegiada da nossa geografia. Este cânion, ao contrário dos demais, abre-se em direção leste e como é descampado nas bordas, permite-se avistar o mar e, em dias mais favoráveis de boa visibilidade, a cidade de Torres.


Ainda mais ao sul encontramos o câniom mais famoso - o Itaimbezinho. Fica dentro do Parque Nacional dos Aparados da Serra e, ao contrário dos dois anteriores, tem alguma infra estrutura de apoio ao visitante. mas a estrada é quase do mesmo nível daquela que leva ao Fortaleza - ou seja, péssima! Compensa na chegada o espetáculo do gigante que se abre em direção ao sul e depois faz uma curva para o leste. Como tem muita mata e outra conformação, não se avista o mar de seus mirantes. Em contrapartida podemos apreciar uma das maiores coleções preservadas da mata de araucárias. São 10 mil ha de matas e campos de altitude. Para quem curte natureza, eis o endereço.
Há outros cânions menores, menos conhecidos e pouco vistados, como o Malacara, Faxinalzinho e, mais ao norte, o Bela Vista.Todos com suas particularidades e encantos que reservam surpresas ao visitante dependendo da época do ano. Um destes imprevistos mais desagradável  e perigoso é a cerração, espécie de nevoeiro denso que vem do fundo dos cânions e que se derrama sobre o campo tornando a visibilidade reduzida a menos de um metro. Um grande perigo para que está fazendo trilhas e que não conhece bem a região. A sugestão se você for pego nesta situação: sente no meio da trilha e espere a situação reverter. Pode levar cinco minutos como um dia inteiro. Mas é melhor que se perder ou cair numa fenda.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

A recuperação da Mata de Araucárias

A Mata de Araucárias (Floresta Ombrófila Mista) encontra-se em uma fase de recuperação em muitos locais remotos dos municípios dos campos de cima da serra do RS, como em São José dos Ausentes acima e São Francisco de Paula, abaixo. Já é possível visualizar as araucárias emergindo do sub bosque e tornando-se as plantas dominantes no extrato superior.


Com as araucárias adultas produzindo pinhões em boa quantidade, cria-se uma cadeia alimentar complexa, envolvendo de bugios a serelepes, de saracuras a larvas de insetos, de veados mateiros a ouriços, não esquecendo que o homem interfere neste sistema quando coleta as pinhas para consumo ou venda.



O Vale do Arroio Quilombo entre Canela e Gramado - RS.

A beleza das molduras naturais formadas pela Floresta Estacional Semi Decídua, acompanha o Arroio Quilombo em seu percurso serra abaixo, até encontrar-se com águas de diversos arroios que acabam no Rio dos Sinos. A mata é muito preservada e mostra exemplares seculares de cedros, canjeranas, figueiras e corticeiras da serra.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Orquídeas nativas

A orquídea "chuva de ouro" (Oncidium riograndenses) é muito abundante nas matas do Ecoparque Sperry nesta época do ano. Apresenta-se na forma de longos cachos que pendem das árvores que servem de suporte para esta planta.

Cogumelos curiosos





Um cogumelo muito interessante é o "cogumelo taça" (Cymatoderma caperatum) que, além de ser grande e abundante, armazena água da chuva em seu interior, servindo para atenuar a sede de muitos animais. Foto tirada no Ecoparque Sperry em dezembro de 2009.

Choca da mata

Um Choca da Mata (Thamnophilus caerulescens) em um arbusto, próximo de seu ninho, no Ecoparque Sperry em Canela - RS.