Vale do Quilombo, Canela - RS |
O final de uma tarde ensolarada é como um lamento de cores de tons laranja, amarelo e vermelho se acentuando e marcando o ocaso. Parecendo cores cansadas, vão enfraquecendo e sumindo na escuridão da noite onde se escondem para se recuperarem em um sono invisível, reaparecendo renovadas na manhã seguinte. Apreciar um por de sol de qualquer lugar, é um privilégio da vida, mesmo naqueles locais menos naturais como os grandes centros urbanos. Achar um ângulo certo para apreciar o fenômeno faz com que sintamos a energia emanada do sol que se despede, prometendo voltar na manhã seguinte, como quando nos despedimos de alguém que, sabemos, voltará.
As cores vermelhas e alaranjadas do
final do dia resultam de um fenômeno do ângulo de incidência da luz do sol sobre
as partículas que existem na atmosfera, sendo mais intensas e belas as cores,
quanto mais partículas existirem em suspensão no ar. Esta partícula provém de
erupções vulcânica, de descargas de automóveis, de chaminés de indústrias e da queima
de vários tipos de combustíveis e assim, como um paradoxo brilhante, quanto
mais poluição atmosférica, mais bonito e colorido fica o final de tarde. Parece
que o sol quer nos mostrar, através de uma obra de arte luminosa, o quanto
estamos afetando nossa atmosfera com resíduos sólidos. Mas as pessoas que
deveriam ver e interpretar esta obra/advertência parece que são daltônicas, não
percebendo a mensagem cifrada em cores espetaculares. A cada dia o sol se
esforça para nos mostrar os nossos erros.
Praia de Itapirubá, SC |
São Miguel das Missões, RS. |
Enquanto isso, vamos fazendo o possível por
aqui, na escala minúscula de ação local, desenvolvendo atividades de ensino da Educação
Ambiental através do Projeto Loboguará para que possamos ter líderes futuros
que possam ver no por de sol algo mais do que a beleza das cores que o sol está
nos enviado.
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