domingo, 15 de maio de 2011
As cores do outono na Serra Gaúcha
Na estrada da Linha 28, Vale do Quilombo, formou-se esta paisagem matinal com um pouco de sol e neblina ao fundo. A árvore grande a esquerda é uma corticeira-da-serra e está ladeada por liquidambers em fase outonal, com suas folhas morrendo e mudando de cor até cairem completamente. A paisagem é magnífica.
No mesmo local, um detalhe dos matizes de cores que se formam em árvores próximas. É a natureza nos mostrando que o frio está chegando e que as plantas e animais estão se preparando para encará-lo. Nós com muito fogo na lareira, pinhão, vinho e cobertor de orelhas.
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sábado, 30 de abril de 2011
Um fruto maduro no muro....
Veja algumas aves que consegui atrair aqui em Canela RS, com um simples caqui maduro colocado em cima do muro. As aves, definitivamente, gostam muito de caqui...
Sanhaçu-cinzento (Tangara sayaca)
Sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris)
Trinca-ferrro-verdadeiro (Saltator similis)
Tecelão (Cacicus chrysopterus)
quarta-feira, 30 de março de 2011
A grande lua cheia de março de 2011.
Lua cheia no Vale do Quilombo entre Canela e Gramado - RS
A lua sempre fascinou os homens, seja devido ao seu ciclo de luz e sombras, seja pelas histórias fantásticas que habitam o imaginário dos povos ou pelas crenças e rituais que se desenvolvem em seu entorno. No dia 19 de março de 2011 tivemos uma oportunidade de ver um destes ciclos místicos e encantador deste satélite natural do planeta terra.
Neste ano a lua aparece maior porque está mais próxima da terra cerca de 4.000 km, e isto a amplia em cerca de 12%, fenômeno conhecido como perigeo. Este fato é devido a forma elíptica da órbita da lua e neste ano coincidiu de a lua estar no ponto mais próximo da terra justamente na fase cheia. Isto que está fazendo o espetáculo. Além do tamanho e da luminosidade maior, o outro fenômeno que poderá ser visto é um ligeiro aumento nas marés, mas nada a nível catastrófico.
Lua cheia em Osório, litoral do Rio Grande do Sul,
No domingo, 20 de março, há outro fenômeno natural que poderá ser sentido. É o Equinócio do outono que significa que nesta data o dia tem exatamente o mesmo número de horas da noite, ou seja, 12 h de sol e 12 h de escuridão, que só não é maior porque coincidiu com o fenômeno do Perigeo . Isto marca o final do verão e início do outono. Daqui para diante, os dias vão encurtando e as noites aumentando até chegarmos no inverno. É a dinâmica da lua regulando estações e comportamentos aqui na terra. Tudo interligado e interdependente.
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domingo, 13 de março de 2011
O serelepe e a vida nas árvores.
Os esquilos, serelepes ou caxinguelês - todos sinônimos, são roedores que se adaptaram a vida nas árvores aonde encontram seu alimento, abrigo para seus ninhos e um local seguro para se livrar de muitos predadores. Apesar de arborícolas, eventualmente podem descer ao solo, onde vem buscar alguma semente ou fruto. No Rio Grande do Sul há apenas uma espécie de serelepe (Sciurus aestuans) buscando sempre locais preservados aonde tenha vegetação de grande porte.
Na foto acima pode ser vista a sua longa cauda com os tufos de pelos que o dissimulam e protegem quando em repouso. Na presença de algum potencial predador, fica imóvel por um longo período, o que torna difícil a sua localização. Estas fotos foram feita em duas ocasiões diferentes, na mesma trilha do Ecoparque Sperry, Canela, durante este mês de março. Provavelmente trata-se do mesmo indivíduo.
Tem uma postura unica entre os mamíferos, no sentido de utilizarem sua longa cauda com tufos de pelos que ajudam o roedor nas manobras de deslocamento nos galhos das árvores. Além disso a cauda serve como um excelente disfarce contra predadores quando colocada sobre suas costas e cabeça. Este exemplar da foto acima é um macho adulto, denunciado pelos testículos na região inguinal.
São muito ágeis nos galhos e troncos de árvores aonde habita, devido a eficiência das garras dos dedos das mãos e pés. Elas atuam como ganchos de apoio e permitem ao serelepe subir ou descer com muita facilidade os troncos das árvores que fazem parte do seu hábitat.
Quando descem ao solo para apanhar alimento, o transportam na boca (foto acima), já que as patas estão ocupadas na escalada da árvore. Uma vez em um lugar seguro de um galho mais alto, o serelepe senta e começa roer sua semente, fato que o denuncia devido ao inconfundível som produzido semelhante a raspagem de dois objetos metálicos.
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Vale do Rio Silveira.
O vale do Rio Silveira, em São José dos Ausentes, é um daqueles lugares que a imagem do relevo, dos campos, da água, do ar, das pessoas do local, do astral e do silêncio impressionam e nunca mais saem da memória, evocando-nos a voltar sempre. Local muito procurado pelo Turismo Rural, especialmente para a pesca da truta, é um referencial no Rio Grande do Sul.
Acomodando-se no relevo, o Rio Silveira abre o seu caminho entre as rochas formadoras do Planalto conferindo a ele características de rio de altitude, com corredeiras, cachoeiras e muitos lajeados aonde se pode andar com água pelos joelhos, banhar-se e pescar. Um experiência única e inesquecível.
O relevo acidentado do local permite a formação de inúmeras pequenas e grandes queda que criam um cenário edílico. Este é um dos elementos que alavanca o Turismo Rural no Município.
O Cachoeirão dos Rodrigues (foto acima) é o elemento cênico mais forte e imponente desta parte do vale. É possível visualizá-lo tanto da margem direita (foto) quanto da margem esquerda. Neste caso e necessário atravessar o rio acima da queda, o que faz do percurso uma experiência eletrizante devido ao fato de não haver pontes e a travessia ter que ser feita a pé, encontrando-se o melhor local no leito do rio.
Um bloco de rocha no meio do rio mostra bem a riqueza e diversidade de organismos do local. Liquens (manchas brancas) e musgos (manchas verdes) habitam este ambiente rústico e instável, devido ao fato de passar submerso durante as chuvas mais fortes. Mas os organismos estão perfeitamente adaptados a esta situação. Buscam no sol, no ar e na umidade tudo que necessitam para viver.
Visitar a Cachoeira do Puma, abaixo do Cachoeirão dos Rodrigues, faz parte do passeio a este local. Uma caminhada numa trilha rústica em meio a mata de araucárias, muito bem preservada e com inúmeros xaxins de mais de cinco metros de altura, leva a este local. Banhos e caminhadas são a grande pedida, além de outras atividades que encantam pessoalmente cada grupo de visitantes, dependendo do objetivo e da criatividade de cada um.
O Cachoeirão dos Rodrigues visto de baixo é empolgante e só pode ser visto e acessado pela margem esquerda. Mas o esforço da travessia do rio e a caminhada pelo campo, valem com sobra. O banho de água gelada no poço em frente a que d"água é estimulante. Pura adrenalina. Cuidado é necessário para evitar quedas nas pedras lisas próximo a base da cachoeira.
A travessia é aventura pura. Achar o melhor lugar para apoiar os pés, tombos, angústia e medo fazem parte do processo. No final, todos felizes e com a certeza que é possível sim atravessar um rio a pé. Os medos e inseguranças vão embora com a correnteza....
Curtir um amanhecer com neblina no vale do Rio Silveira marca a retina do visitante para sempre. Sugiro a quem for meio gaudério e goste de lugares pouco comuns, que visite o Vale do Rio Silveira e mande um abraço a pessoas especiais que moram e cuidam daquele grande pedaço do paraíso.
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Lagoa do Peixe, um paraíso de aves, águas e um céu de 180 graus.
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Aves migratórias
O Rio Grande do Sul tem diversas espécies de aves que são migratórias e passam por aqui os meses mais quentes do ano para aproveitarem a abundância de alimento e as temperaturas favoráveis para a nidificação (comportamento de acasalamento, postura dos ovos e criação dos filhotes). Uma delas é o Príncipe (Pyrocephalus rubinus) que vive em áreas abertas e alimenta-se de insetos. O da foto abaixo estava nas áreas abertas do Ecoparque Sperry, em Canela.
Outra espécie muito conhecida de ave migratória que reside por aqui no verão é a Tesourinha (Muscivora tyrannus). Inconfundível pelo tamanho de sua cauda que, ao voar, abre-se em forma de V. É possível diferenciar o macho, com a cauda bem mais longa, da fêmea que a tem mais curta. alimentam-se de insetos que capturam no ar e defendem o território do ninho contra os gaviões, gralhas e outros predadores. O exemplar da fota abaixo foi registrado em uma fazenda em São Francisco de Paula e, pelo tamanho da cauda, é um macho.
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