Uma mistura equilibrada entre água, céu, fauna, vento e areia. Assim vi o Parque Nacional da Lagoa do Peixe, nos municípios de Mostardas e Tavares, RS. Estradas difíceis de transitar em épocas de chuvas, mas nada que desanimasse a vontade de percorrer as trilhas do
Talhamar e da
Figueira.
As águas rasas da Lagoa do Peixe permitem a um grande número de espécies de aves encontrarem seu alimento, sempre abundante e que garante as proteínas e gorduras que as aves necessitam para continuarem suas migrações ou a sobrevivência daquelas que permanecerem no inverno na região.
O Tachã (foto acima) e uma ave grande, abundante e que se beneficia deste ambiente alagado de campos e banhados aonde encontra seu alimento. Símbolo da Estação Ecológica do Taim, o tachã pode ser visto e ouvido com relativa facilidade nas áreas de campos alagados do parque.
O Maçarico-de-bico-virado (foto acima) é uma das espécies que se aproveita das margens com águas rasas da Lagoa do Peixe para buscar seu alimento. Para isso utiliza-se de um bico muito especializado, longo e curvo para cima.
O vento é modelador da paisagemn. A árvore rende-se na sua forma a constância e a força deste elemento natural, que corre pelos campo, encrespa as águas da lagoa e troca as dunas de lugar, tornando a vida dos pescadores e moradores um tanto difícil nestas épocas.
Um dos grandes espetáculos da Lagoa do Peixe são os Flamingos (foto acima), grandes aves pernaltas que exibem uma coloração vermelha e branca, e reúnem-se em grandes bandos para desenvolverem comportamentos sociais e se alimentarem. Este bando eu localizei na Trilha das Figueiras e estava a uma boa distância da margem. Mesmo assim dá para perceber como a logoa é rasa, pois as aves estão caminhando em busca de alimento há mais de 100 metros da margem.
O Talhamar (as aves maiores da foto acima) é outra ave que caracteriza a Lagoa do Peixe. Dá nome a uma das trilhas do parque e é relativamente frequente, tanto na lagoa como no litoral. Esta espécie tem um bico cuja mandíbula (parte inferior) é maior que a maxila (parte superior). Para alimentar-se ela executa um vôo rasante sobre na superfície da lagoa e introduz a parte de baixo do bico na água e vai assim "pescando" seu alimento.
A barra da Lagoa do Peixe (foto acima) é o local aonde há uma colônia de pescadores de camarões, um produto típico do local. Esta barra fica, dependendo da época do ano, aberta (as águas da lagoa fluem para o mar) ou fechada, represando todo o volume de águas no interior.
Biguás (foto acima) num pontal de grama, alinham-se de frente para o vento para melhor resistirem a força do elemento natural. Estas aves alimentam-se de peixes que capturam em mergulhos nas águas da lagoa e de canais laterais. Também utilizam o mar para a captura de seu alimento.
Como um presente de despedida da Lagoa do Peixe, esta Garça-moura se apresentou na Barra da Lagoa do Peixe no momento em que eu estava indo embora do local. Tranquila, andando atrás de peixes mostra toda a beleza desta grande garça nativa de nossos alagados. No Pantanal esta ave é chamada de Maguari.
Um comentário:
As fotos são lindíssimas. Estou fazendo um trabalho sobre a Lagoa do Peixe e me ajudou muito. Obrigada. Dayse Torquato.
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