Do início do outono até o
final de julho, nos habituamos a ver nos pátios, praças e parques com
araucárias, os pinhões maduros no chão. O que não é tão visível é a presença de
um verdadeiro exército de animais nativos que, além de se alimentarem
ativamente desta semente, espalham-nas para áreas distantes (dispersão). Uma
lista de espécie de aves e mamíferos, alguns conhecidos e outros nem tanto,
fazem este trabalho silencioso e permanente que vai garantir o surgimento de
uma nova geração de araucárias.
Cutia comendo sementes
Cutia, gralha-azul,
papagaio-peito-roxo, serelepe (esquilo), roedores pequenos, bugios e tiribas
são alguns dos representantes da fauna nativa que de alguma forma contribui
para o “plantio “ dos pinheiros. Dentre todos estes, destacamos a cutia, um
roedor nativo da América do Sul que vive associado sempre as matas, local onde
encontra seu alimento (frutos, sementes, raízes e talos de plantas), abrigo e
local para ninho. Como um hábito de previdência, a cutia enche a boca com
vários pinhões e sai enterrando um a um, de forma aleatória pela redondeza.
Cutia comendo um pinhão
Com
o passar do tempo ela volta e os desenterra para se alimentar. Neste processo,
muitos pinhões germinam antes da cutia voltar, e assim novas árvores surgem
todos os anos para garantir as gerações futuras mais e mais pinhões. Mais do
que a gralha-azul, a cutia é a grande responsável pela regeneração natural das
araucárias. Uma saudação especial às cutias pelo seu "trabalho" na regeneração das matas de araucárias.
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