domingo, 15 de abril de 2012

O bugio ruivo no Ecoparque

 O bugio ruivo (Alouatta guariba clamitans) é o maior primata que ocorre no rio Grande do Sul. Vive em grupos familiares de cinco ou mais indivíduos e são herbívoros e eventualmente frugívoros em sua dieta.

 Estes ruivos eu registrei no Ecoparque Sperry, na Trilha Tangará aqui em Canela RS, e estavam sobre uma canjerana, árvore que produz frutos com sementes comestíveis.


O fruto da canjerana (Cabralea canjerana) com suas sementes que serve eventualmente  de alimento aos ruivos. No outono elas amadurecem e se tornam disponíveis a fauna. 

Outra frutífera de início de outono é o bacopari  da foto acima (Garcinia gardneriana), cujos frutos tem uma polpa doce e é muito utilizada como alimento pela fauna em geral, inclusive pelos ruivos. 

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Água em movimento. Espetáculo de vários ângulos.

Água em movimento e a busca de um ângulo pouco comum. O resultado é uma visão diferente do mesmo tema. A Cachoeira da Usina, no Ecoparque Sperry - Canela RS, permite uma aproximação por detrás da cortina de  água, onde me posicionei para esta e a foto seguinte. Na foto acima esperei e enquadrei o sol acima da queda, para criar o efeito de brilho intenso.


Aqui abaixei um pouco o ângulo da foto para enquadrar o Vale do Quilombo ao fundo, como elemento participante da paisagem. Exposição correta permite o efeito de gota alongada da água.

Outro ocasião passei por um paredão rochoso que vertia uma água pela encosta. Posicionei a câmera com o tripé, aguardei o sol iluminar a água e dei uma exposição prolongada para criar este efeito de "fio de seda" nas gotas. Somente alguns poucos minutos do dia permitem esta foto devido a incidência do sol na água ser muito curta.

A Cachoeira do Poço, no Arroio Quilombo, permite fotos interessantes nas várias horas do dia. Nesta acima, o céu nublado abranda as luzes e cria uma tonalidade mais suave na água, que recebe o reflexo do verde da vegetação exuberante do entorno.

Lua cheia e crepúsculo: fenômenos que me despertam idéias.

Por de sol e lua cheia na mesma hora do dia somente nos primeiros dias de lua cheia. Estas fotos  fiz no dia 6 de abril de 2012 e foi possível assistir o crepúsculo e, virando para leste, ver o nascer da lua.

Como ainda tinha luz do sol, foi possível ver detalhes da paisagem, no caso prédios e antenas de Porto Alegre. Imagem muito inspiradora.

Outra lua cheia muito interessante registrei no Morro da Borússia, Osório - RS em 19 de março de 2011. A visão da cidade é possível devido ainda ter um pouco de luz do sol, o que cria uma imagem meio surreal. Lagoas, auto-estrada e ao fundo o litoral, no caso Tramandaí.

Na praia de Itapirubá, em fevereiro de 2012, fiz este registro da lua cheia tendo como cenário o mar com uma pequena ilha com farol. A direita uma moldura de casuarina ajudou muito na composição.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Aves urbanas de Canela - RS

O SANHAÇO-CINZENTO (Tangara sayaca) é uma pássaro nativo da família Traupidae que vive em ambientes arborizados. Sua alimentação preferencial é formada por frutos diversos e por este motivo, é associado a florestas, praças e jardins arborizados. Eventualmente pode alimentar-se de insetos. Vocaliza fortemente na primavera para efetuar o ritual da nidificação (acasalamento e criação dos filhotes).

A CARRUÍRA (Troglodytes musculus) é uma pequena ave nativa da família Troglotydae que se distribui do sul México até o sul da América do Sul. Habita áreas de matas, bordas de capoeiras, campos e nas cidades é frequentemente visto nos jardins, telhados, construções e mesmo em praças. Anda ativamente atrás de seu alimento que se constitui de insetos, larvas, aranhas e outros pequenos animais que encontra nas áreas onde habita.

O BEM-TE-VI (Pitangus sulphuratus) é uma ave nativa da família Tiranídae que se identifica prontamente pelo seu canto estridente e repetido. É insetívoro muito ativo, caçando em áreas abertas de parque, jardins e beiras de lagos e açudes. A cor amarela da barriga e a máscara branca sobre os olhos facilita sua identificação. Ocorre do México a Argentina. 

O BEM-TE-VI-RAJADO (Myodynastes maculatus) é da mesma família do bem-te-vi (Tiranídae) e tem uma coloração bastante camuflada pelas listras pretas e brancas das penas. Isto torna esta espécie difícil de ser encontrada nas árvores das matas e capoeiras que habita. Alimenta-se de insetos que caça em voo. É uma espécie migratória que passa a primavera e o verão no sul, migrando para o norte no inverno.

O TUCANO-DO-BICO-VERDE (Ramphastos dicolorus) é uma ave grande, com um inconfundível bico longo e esverdeado. Pertence a família Ramphastidade e alimenta-se de frutos, ovos e até de filhotes de aves menores que preda dos ninhos. Nativo do sul e sudeste do Brasil, é a espécie de tucanos com distribuição mais austral (ao sul) de todas. Adapta-se bem ao ambiente urbano devido a grande oferta de alimentos (frutos e filhotes de outras aves) e locais para fazer ninhos.

domingo, 15 de maio de 2011

As cores do outono na Serra Gaúcha


Na estrada da Linha 28, Vale do Quilombo, formou-se esta paisagem matinal com um pouco de sol e neblina ao fundo. A árvore grande a esquerda é uma corticeira-da-serra e está ladeada por liquidambers em fase outonal, com suas folhas morrendo e mudando de cor até cairem completamente. A paisagem é magnífica.


No mesmo local, um detalhe dos matizes de cores que se formam em árvores próximas. É a natureza nos mostrando que o frio está chegando e que as plantas e animais estão se preparando para encará-lo. Nós com muito fogo na lareira, pinhão,  vinho e cobertor de orelhas.

sábado, 30 de abril de 2011

Um fruto maduro no muro....

Veja algumas aves que consegui atrair aqui em Canela RS, com um simples caqui maduro colocado em cima do muro. As aves, definitivamente, gostam muito de caqui...

Sanhaçu-cinzento (Tangara sayaca) 

 Sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris)

 Trinca-ferrro-verdadeiro (Saltator similis)

Tecelão (Cacicus chrysopterus)

quarta-feira, 30 de março de 2011

A grande lua cheia de março de 2011.

Lua cheia no Vale do Quilombo entre Canela e Gramado - RS


A lua sempre fascinou os homens, seja devido ao seu ciclo de luz e sombras, seja pelas histórias fantásticas que habitam o imaginário dos povos ou pelas crenças e rituais que se desenvolvem em seu entorno. No dia 19 de março de 2011 tivemos uma oportunidade de ver um  destes ciclos místicos e encantador deste satélite natural do planeta terra.

Neste ano a lua aparece maior porque está mais próxima da terra cerca de 4.000 km, e isto a amplia em cerca de 12%, fenômeno conhecido como perigeo. Este fato é devido a forma elíptica da órbita  da lua  e neste ano coincidiu de a lua estar no ponto mais próximo  da terra justamente na fase cheia. Isto que está fazendo o espetáculo. Além do tamanho e da luminosidade maior, o outro fenômeno que poderá ser visto é um ligeiro aumento nas marés, mas nada a nível catastrófico.
Lua cheia em Osório, litoral do Rio Grande do Sul, 

No domingo, 20 de março, há outro fenômeno natural que poderá ser sentido. É o Equinócio do outono que significa que nesta data o dia tem exatamente o mesmo número de horas da noite, ou seja, 12 h de sol e 12 h de escuridão, que só não é maior porque coincidiu com  o fenômeno do Perigeo . Isto marca o final do verão e início do outono. Daqui para diante, os dias vão encurtando e as noites aumentando até chegarmos no inverno. É a dinâmica da lua regulando estações e comportamentos aqui na terra. Tudo interligado e interdependente.