A guabiroba
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esta época do ano, durante a minha infância aqui em Canela,
saíamos atrás de locais previamente conhecidos no Morro da Cruz, aqui no centro
da cidade e que, na época, era um mato fechado onde encontrávamos guabirobeiras
lotadas de frutos maduros. Conhecíamos a localização exata das árvores em um
mapa mental e reconhecíamos cada uma pela sua forma e facilidade para subir.
Algumas mais fáceis outras impossíveis. Estas lembranças da infância estão
sendo reavivado aqui onde trabalho atualmente, no Ecoparque Sperry, pela
existência de inúmeras guabirobeiras que já começam oferecer seus frutos
maduros.
Uma das guabirobeiras mais antigas que conheço fica na parte
da frente do terreno onde mora minha amiga Cátia Selbach, ali perto da Vila
Maggi. É tanta fruta que chega “amarelar” o gramado. A guabiroba é muito apreciada pelas aves, que
a consomem avidamente e, sendo a sementes pequenas e duras o suficiente para
resistir aos sucos digestivos, são eliminadas com os excrementos em locais
distantes da árvore-mãe. Assim as aves se alimentam da guabiroba e espalham as
sementes ao acaso em novos ambientes, garantindo a germinação de algumas novas
guabirobeiras.
Lembranças de um passado que agora retornam sob a forma de
sabor, aroma e prazer em consumir uma fruta nativa colhida no pé, muito
saborosa e de gosto intrigante. Prove uma guabiroba, você vai descobrir um
sabor único, peculiar e que jamais será esquecido!
Um comentário:
Victor Hugo.
Bom dia.
Aqui em casa (Araraquara - SP) plantamos um pé de gabiroba que, neste ano, deu 4 frutas. Deu muita flor, mas só vingaram 4!
Descobri que há uma música de Heckel Tavares, chamada Penas do Tiê, interpretada por Fagner e Nana Caymmi, que fala da gabiroba.
Vou ver se colocando adubo minha planta frutifica mais.
Feliz 2014!
Edvanda
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