segunda-feira, 26 de novembro de 2012

A guabiroba e o gosto da infância




A guabiroba

N
esta época do ano, durante a minha infância aqui em Canela, saíamos atrás de locais previamente conhecidos no Morro da Cruz, aqui no centro da cidade e que, na época, era um mato fechado onde encontrávamos guabirobeiras lotadas de frutos maduros. Conhecíamos a localização exata das árvores em um mapa mental e reconhecíamos cada uma pela sua forma e facilidade para subir. Algumas mais fáceis outras impossíveis. Estas lembranças da infância estão sendo reavivado aqui onde trabalho atualmente, no Ecoparque Sperry, pela existência de inúmeras guabirobeiras que já começam oferecer seus frutos maduros.
Uma das guabirobeiras mais antigas que conheço fica na parte da frente do terreno onde mora minha amiga Cátia Selbach, ali perto da Vila Maggi. É tanta fruta que chega “amarelar” o gramado.  A guabiroba é muito apreciada pelas aves, que a consomem avidamente e, sendo a sementes pequenas e duras o suficiente para resistir aos sucos digestivos, são eliminadas com os excrementos em locais distantes da árvore-mãe. Assim as aves se alimentam da guabiroba e espalham as sementes ao acaso em novos ambientes, garantindo a germinação de algumas novas guabirobeiras.
Lembranças de um passado que agora retornam sob a forma de sabor, aroma e prazer em consumir uma fruta nativa colhida no pé, muito saborosa e de gosto intrigante. Prove uma guabiroba, você vai descobrir um sabor único, peculiar e que jamais será esquecido!

Um comentário:

Edvanda disse...

Victor Hugo.
Bom dia.
Aqui em casa (Araraquara - SP) plantamos um pé de gabiroba que, neste ano, deu 4 frutas. Deu muita flor, mas só vingaram 4!
Descobri que há uma música de Heckel Tavares, chamada Penas do Tiê, interpretada por Fagner e Nana Caymmi, que fala da gabiroba.
Vou ver se colocando adubo minha planta frutifica mais.
Feliz 2014!
Edvanda