segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

O trabalho silencioso da fauna na floresta de araucárias




Do início do outono até o final de julho, nos habituamos a ver nos pátios, praças e parques com araucárias, os pinhões maduros no chão. O que não é tão visível é a presença de um verdadeiro exército de animais nativos que, além de se alimentarem ativamente desta semente, espalham-nas para áreas distantes (dispersão). Uma lista de espécie de aves e mamíferos, alguns conhecidos e outros nem tanto, fazem este trabalho silencioso e permanente que vai garantir o surgimento de uma nova geração de araucárias.

Cutia comendo sementes

Cutia, gralha-azul, papagaio-peito-roxo, serelepe (esquilo), roedores pequenos, bugios e tiribas são alguns dos representantes da fauna nativa que de alguma forma contribui para o “plantio “ dos pinheiros. Dentre todos estes, destacamos a cutia, um roedor nativo da América do Sul que vive associado sempre as matas, local onde encontra seu alimento (frutos, sementes, raízes e talos de plantas), abrigo e local para ninho. Como um hábito de previdência, a cutia enche a boca com vários pinhões e sai enterrando um a um, de forma aleatória pela redondeza. 

Cutia comendo um pinhão

Com o passar do tempo ela volta e os desenterra para se alimentar. Neste processo, muitos pinhões germinam antes da cutia voltar, e assim novas árvores surgem todos os anos para garantir as gerações futuras mais e mais pinhões. Mais do que a gralha-azul, a cutia é a grande responsável pela regeneração natural das araucárias. Uma saudação especial às cutias pelo seu "trabalho" na regeneração das matas de araucárias.

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