quarta-feira, 30 de março de 2011

A grande lua cheia de março de 2011.

Lua cheia no Vale do Quilombo entre Canela e Gramado - RS


A lua sempre fascinou os homens, seja devido ao seu ciclo de luz e sombras, seja pelas histórias fantásticas que habitam o imaginário dos povos ou pelas crenças e rituais que se desenvolvem em seu entorno. No dia 19 de março de 2011 tivemos uma oportunidade de ver um  destes ciclos místicos e encantador deste satélite natural do planeta terra.

Neste ano a lua aparece maior porque está mais próxima da terra cerca de 4.000 km, e isto a amplia em cerca de 12%, fenômeno conhecido como perigeo. Este fato é devido a forma elíptica da órbita  da lua  e neste ano coincidiu de a lua estar no ponto mais próximo  da terra justamente na fase cheia. Isto que está fazendo o espetáculo. Além do tamanho e da luminosidade maior, o outro fenômeno que poderá ser visto é um ligeiro aumento nas marés, mas nada a nível catastrófico.
Lua cheia em Osório, litoral do Rio Grande do Sul, 

No domingo, 20 de março, há outro fenômeno natural que poderá ser sentido. É o Equinócio do outono que significa que nesta data o dia tem exatamente o mesmo número de horas da noite, ou seja, 12 h de sol e 12 h de escuridão, que só não é maior porque coincidiu com  o fenômeno do Perigeo . Isto marca o final do verão e início do outono. Daqui para diante, os dias vão encurtando e as noites aumentando até chegarmos no inverno. É a dinâmica da lua regulando estações e comportamentos aqui na terra. Tudo interligado e interdependente. 

domingo, 13 de março de 2011

O serelepe e a vida nas árvores.

Os esquilos, serelepes ou caxinguelês - todos sinônimos, são roedores que se adaptaram a vida nas árvores aonde encontram seu alimento, abrigo para seus ninhos e um local seguro para se livrar de muitos predadores. Apesar de arborícolas, eventualmente podem descer ao solo, onde vem buscar alguma semente ou fruto. No Rio Grande do Sul há apenas uma espécie de serelepe (Sciurus aestuans) buscando sempre locais preservados aonde tenha vegetação de grande porte. 


Tem uma postura unica entre os mamíferos, no sentido de utilizarem sua longa cauda com tufos de pelos que ajudam o roedor nas manobras de deslocamento nos galhos das árvores. Além disso a cauda serve como um excelente disfarce contra predadores quando colocada sobre suas costas e cabeça. Este exemplar da foto acima é um macho adulto, denunciado pelos testículos na região inguinal.


São muito ágeis nos galhos e troncos de árvores aonde habita, devido a eficiência das garras dos dedos das mãos e pés. Elas atuam como ganchos de apoio e permitem ao serelepe subir ou descer com muita facilidade os troncos das árvores que fazem parte do seu hábitat. 


Quando descem ao solo para apanhar alimento, o transportam na boca (foto acima), já que as patas estão ocupadas na escalada da árvore. Uma vez em um lugar seguro de um galho mais alto, o serelepe senta e começa roer sua semente, fato que o denuncia devido ao inconfundível som produzido semelhante a raspagem de dois objetos metálicos.


Na foto acima pode ser vista a sua longa cauda com os tufos de pelos que o dissimulam e protegem quando em repouso. Na presença de algum potencial predador, fica imóvel por um longo período, o que torna difícil a sua localização. Estas fotos foram feita em duas ocasiões diferentes, na mesma trilha do Ecoparque Sperry, Canela, durante este mês de março. Provavelmente trata-se do mesmo indivíduo.