domingo, 13 de janeiro de 2013

Sapo-cururú




Em dias quentes em que o tempo está se armando para uma chuva, ele aparece do nada nos pátios, jardins e áreas rurais com matas e mesmo nos campos, É o sapo-cururú, um velho conhecido de todos. Pacato, deslocando-se aos saltos, é alvo preferido dos cães curiosos que tentam abocanhá-los. Em seguida aprendem que este bicho deve ser deixado em paz. A toxina que exalam vem de suas glândulas parotóides localizadas nos lados e atrás da cabeça sob a forma de duas verrugas alongadas. Quando molestado, o sapo-cururú elimina uma substância leitosa tóxica que pode provocar diversas reações nos animais predadores e mesmo nas pessoas, principalmente nas mucosas.

 Macho de sapo-cururu


Este sapo tem por hábito alimentar-se de insetos, lesmas e até mesmo pequenos vertebrados que sejam encontrados no seu ambiente, como roedores. Num único dia um sapo adulto pode ingerir mais de uma centena  de insetos, o que demonstra a importância deste animal no controle biológico de pragas potencias. São tão eficientes neste processo que foram introduzidos em algumas ilhas do Caribe e na Austrália para combater pragas dos canaviais. Até hoje na Austrália o sapo-cururú é um dos predadores mais vorazes de pequenos animais e se tornou uma praga nacional, já que lá ele não tem predadores naturais e assim multiplicaram-se de forma descontrolada.

Fêmea de sapo-cururu

O macho desta espécie é um pouco menor que a fêmea e tem uma coloração uniforme, esverdeada. A Fêmea tem pintas pretas e é maior. A reprodução do sapo-cururú depende da presença de água. Quando chove na primavera e verão, formando lagoas temporárias, ou em açudes e beiras de rios, eles se encontram e acasalam na água, colocando os ovos em longos filamentos gelatinosos. Destes ovos surgem os girinos pretos parecendo com peixes desajeitados que nadam e se alimentam de matéria orgânica do fundo. Depois de completar o ciclo na água, os pequenos sapos abandonam a lagoa e passam a viver na terra, abrigando-se em tocas, embaixo de pedras, troncos ou qualquer local que os proteja quando não estão ativos. A presença de sapos pode ser um bom indicativo de um ambiente natural em equilíbrio. E segue a vida. 


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